Bahia registra menor taxa de desemprego em 12 anos e lidera empregos no Nordeste
A Bahia alcançou, no terceiro trimestre de 2024, a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), iniciada em 2012. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22/11/2024), a taxa de desemprego no estado foi de 9,7%, marcando uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 3,3 pontos percentuais na comparação anual.
O número de pessoas desocupadas no estado caiu em 262 mil em um ano, enquanto o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 5,5%, o equivalente a 89 mil novos postos formais. No total, nove das 11 atividades econômicas monitoradas pela pesquisa apresentaram expansão no número de ocupados, com destaque para o setor de serviços, que adicionou 128 mil trabalhadores em relação ao trimestre anterior. Subsetores como administração pública, educação, saúde e serviços sociais registraram incremento de 36 mil postos de trabalho, enquanto os serviços domésticos cresceram em 49 mil ocupações.
O desempenho positivo foi impulsionado por políticas públicas e investimentos realizados pelos governos estadual e federal. A Bahia destacou-se como o segundo estado do país em investimentos públicos, com R$ 6 bilhões aplicados até outubro de 2024. Segundo Davidson Magalhães, titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), a valorização do salário mínimo e dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC), somados aos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), contribuíram para o aquecimento da economia.
Paralelamente, a qualificação profissional foi fortalecida, com mais de R$ 30 milhões investidos em cursos em 2024. Programas como o Qualifica Industrial, que preparou 472 trabalhadores para a montadora BYD, e o Programa Manuel Querino, que prevê capacitar 17 mil pessoas em 202 municípios até 2026, foram exemplos de ações que ampliaram a oferta de mão de obra qualificada.
Apesar dos avanços, o setor de construção e transporte registrou retração no número de empregados. Contudo, os resultados gerais reforçam a liderança da Bahia na geração de empregos no Nordeste, consolidando uma tendência positiva para o mercado de trabalho no estado.
O desemprego no país alcançou 8,9% no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) de 2015, informou, no dia 24 de novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa da série iniciada em 2012. No trimestre anterior (abril, maio e junho), o indicador estava em 8,3%.Os dados divulgados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (Pnad Contínua), indicam que a população desocupada no Brasil chegou a 9 milhões de pessoas. A população ocupada, no terceiro trimestre, corresponde a 92,1 milhões de pessoas. A pesquisa indica, ainda, que cerca de 35,4 milhões de pessoas tinham, no terceiro trimestre, carteira de trabalho assinada no setor privado. No terceiro trimestre do ano passado a taxa de desocupação foi 6,8%. A Bahia foi o estado que teve a maior taxa de desocupação (12,8%) e Santa Catarina a menor (4,4%). Entre os 27 municípios das capitais, Salvador registrou a maior taxa de desemprego (16,1%) e o Rio de Janeiro a menor (5,1%).
Dados da Pnad Contínua indicam a menor taxa de desemprego desde dezembro de 2014, com destaque para a geração de empregos formais no trimestre encerrado em julho de 2023.
Taxa de desemprego em julho de 2024 atinge menor nível desde 2014, com crescimento da ocupação formal
Fonte: Jornal Grande Bahia