MPBA denuncia PMs pela morte de funcionário terceirizado da Embasa em Salvador

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O Ministério Público da Bahia (MPBA) denunciou à Justiça os policiais militares Cláudio Alves dos Prazeres Júnior, Igor Portugal da Fonseca e Rafael Vieira da Silva pelo homicídio qualificado de Welson Figueredo Macedo, ocorrido em 9 de julho de 2024, no bairro de Castelo Branco, em Salvador.

Os agentes são acusados de executar o crime sem chance de defesa para a vítima. Em 18 de dezembro, o MPBA solicitou à Justiça o afastamento cautelar dos denunciados por 180 dias, a proibição de acesso ao bairro do crime e a vedação de contato com testemunhas e familiares de Welson. A denúncia foi recebida pela Justiça no dia 19 de dezembro e tramita no 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador.

As circunstâncias do crime

De acordo com a denúncia, Welson foi atingido por um disparo de carabina nas costas enquanto voltava do trabalho, causando traumatismo abdominal que levou à sua morte. As imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas desmentem a versão apresentada pelos policiais, que alegaram que a vítima estava armada e trocou tiros com eles.

Colegas de trabalho afirmaram que Welson não portava arma e que estava apenas retornando do trabalho como funcionário terceirizado da Embasa. Além disso, a perícia constatou que não havia resíduos de pólvora nas mãos da vítima, indicando que ele não efetuou disparos.

Os policiais relataram que estavam perseguindo suspeitos de um roubo e que Welson foi atingido durante a troca de tiros. Contudo, as investigações revelaram que a vítima não tinha ligação com os criminosos e foi atingida após os suspeitos já terem fugido.

Alteração da cena do crime

Segundo a denúncia, os policiais teriam manipulado a cena do crime, removendo a bolsa e a motocicleta de Welson, deslocando a viatura para outro local e plantando uma arma de fogo ao lado do corpo. Essas ações podem resultar em uma acusação adicional por fraude processual.

O caso será acompanhado por uma Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, que analisará as medidas cabíveis para responsabilização dos agentes.

Fonte: Notícias da Bahia.